Graças aos avanços tecnológicos, dirigir um veículo hoje é muito mais seguro. Mas isso não significa que a preocupação com a segurança no trânsito diminuiu. É justamente por saber que ainda há muito o que melhorar que novas tecnologias estão surgindo — uma delas é o sistema ADAS.
A sigla ADAS vem do inglês Advanced Driver Assistance Systems (Sistema Avançado de Assistência ao Condutor, em português). É mais uma inovação que veio para aumentar a segurança durante a condução de um veículo.
De forma resumida, o ADAS é uma tecnologia que utiliza softwares e sensores que emitem alertas aos motoristas e até mesmo são acionados automaticamente em situações de perigo.
Mas vale lembrar que esse tipo de inovação não é algo recente.
Muitas tecnologias automotivas já existem e fazem a diferença quando o assunto é direção preventiva, como os freios ABS, sistemas de rastreamento, telemetria e airbags.
Mas ainda que todas essas tecnologias já estejam disponíveis e sejam de fácil acesso, o atual cenário do trânsito brasileiro ainda preocupa.
O Brasil está em 3º lugar no ranking de países com maior acidente de trânsito, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA/2020).
O sistema ADAS tem como proposta complementar as outras tecnologias para oferecer mais segurança e reduzir as chances de acidentes.
Para quem gerencia frotas, segurança é prioridade. Por isso, neste artigo, você vai conhecer como funciona a tecnologia ADAS, suas principais vantagens e como aplicá-la na sua gestão.
Índice:
Como o sistema ADAS funciona?
Como seu nome indica, o sistema ADAS funciona como uma tecnologia de assistência ao condutor. Para isso, utiliza diferentes equipamentos e sensores inteligentes que auxiliam o motorista no percurso.
Esse conjunto de sensores realizam diferentes funções no veículo. Algumas delas são:
- Frenagem autônoma;
- Alerta de mudança de faixa;
- Correção de trajetória do veículo ao detectar saída de faixa;
- Regulação autônoma de velocidade, considerando a velocidade do veículo à frente;
- Alerta sobre presença de obstáculos em pontos cegos.
Por conta de suas funções semi-autônomas, o sistema ADAS também é conhecido popularmente como um “piloto automático” do veículo.
Mas, para os recursos funcionarem da forma correta, é necessária a presença do motorista. O ADAS sozinho não consegue conduzir o veículo, e sim, auxiliar a condução.
05 tipos de sistema ADAS e suas funções
Cada função dessa tecnologia é comandada por um sistema específico. A tecnologia ADAS é o conjunto de todos.
Os sensores que fazem a captação para o sistema utilizam câmera e radar instalados no para-brisa, no para-choque e nas laterais do veículo.
Com a informação recebida dos sensores, o sistema é acionado para emitir o alerta ou agir autonomamente, conforme a situação.
Separamos abaixo os principais tipos de sistema que você precisa conhecer!
1. Sistema de permanência em faixa
O sistema de permanência de faixa (ou LKS — Lane Keeping System, em inglês) visa manter o veículo na faixa da via.
Por meio de uma câmera instalada no para-brisa, o sistema observa as faixas de trânsito e corrige a trajetória do veículo, agindo diretamente no carro ao puxar o volante para o lado oposto.
Essa é uma medida de segurança quando é detectado algum movimento não intencional do motorista que o tira da faixa.
2. Controle de Velocidade Adaptativo
Outro sistema presente no ADAS é o Controle de Velocidade Adaptativo (ou Adaptative Cruise Control – ACC), que é capaz de acelerar e frear o carro sozinho com base na distância e na velocidade do carro a frente.
Neste caso, o sensor é um radar instalado na parte frontal do veículo. Ao captar a presença e a velocidade do veículo na parte dianteira, é feito o controle conforme as informações captadas.
Esse recurso ajuda a prevenir colisões, seja por aceleração ou frenagem brusca, e auxilia o motorista a seguir a velocidade adequada para o espaço que possui.
Afinal, há muita gente andando em alta velocidade no Brasil — um fator de alto risco, já que se trata da principal causa de acidentes com mortes no trânsito.
A Cobli analisou eventos de excesso de velocidade por veículo, com duração acima de um minuto, registrados nos quatro primeiros meses do ano e criou o Ranking Cobli. Veja alguns dados:
3. Assistente de Frenagem de Emergência
Já o Assistente de Frenagem de Emergência (ou Brake Assist System — BAS) usa diferentes ferramentas tecnológicas para cumprir sua função: o acionamento de frenagem automática.
Este sistema se utiliza de câmeras e sensores instalados no para-brisa ou para-choque que conseguem também detectam os veículos à frente.
O BAS é acionado quando o sistema percebe que o motorista não possui controle sobre o veículo. Assim, os freios são acionados, a fim de evitar colisões ou acidentes mais graves.
4. Sistema de detecção de pedestres
Além de detectar veículos próximos, o ADAS também consegue monitorar pedestres e ciclistas.
Para isso, é utilizado o Sistema de Detecção de Pedestres (ou Pedestrian Collision Warning — PCW).
Funciona de maneira parecida ao BAS. Os sensores são instalados na parte dianteira e acionam os freios de forma automática ao perceber alguma presença súbita à frente do automóvel.
É um outro mecanismo capaz de evitar acidentes e protege não só o motorista e o veículo, como também terceiros que trafegam nas vias.
5. Sistema de Alerta de Ponto Cego
Já o sistema de Alerta de Ponto Cego (ou Blind Spot Monitoring System — BLIS) tem a função de alertar o motorista sobre pontos cegos que não podem ser vistos pelos retrovisores externos.
Os pontos cegos são reconhecidos pelos sensores instalados nas laterais do veículo. Em caso de choque com algum objeto, o motorista recebe um alerta.
Como utilizar o sistema ADAS na gestão de frotas?
Quando as tecnologias do sistema ADAS foram lançadas, era mais comum encontrá-las em carros de categoria premium.
Hoje, este tipo de tecnologia já está mais acessível e pode ser aplicada até em veículos mais simples. E, quando o assunto é reforçar a segurança, pode se tornar um excelente investimento para a frota.
É responsabilidade do gestor de frota garantir a segurança dos motoristas, da carga (quando houver) e do veículo.
Por isso, poder contar com diferentes tecnologias que atuam na prevenção de acidentes é uma forma não só de aumentar a segurança, mas até mesmo de evitar prejuízos.
E não é um valor baixo. Só em 2021, o prejuízo causado por acidentes em estradas chegou a R$12 bilhões por ano, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT).
E algo que o gestor de frotas deve ter sempre em mente é que um recurso individualmente não soluciona o problema.
A instalação dos sensores e dos radares dos sistemas ADAS no veículo da frota são meios para evitar acidentes. Mas o seu real objetivo é dar assistência ao motorista.
Para a operação da frota ser mais segura, esse é um dos artifícios que podem ser utilizados. Porém, não devem ser os únicos.
Uma gestão de frotas mais eficiente deve saber combinar tecnologias e integrar todas à operação, para que funcionem em conjunto.
Software de gestão de frotas e sistema ADAS: combinação que reforça a segurança e otimiza a operação
O sistema ADAS aumenta a segurança dos motoristas e dos veículos, quando combinados com um software de gestão de frotas, é possível também acompanhar toda a operação e o acionamento dos sensores.
Na prática, o sistema ADAS envia as informações captadas para o software de gestão de frotas. Assim, o gestor consegue visualizar simultaneamente todas os alertas emitidos e acionamentos realizados.
É o tipo de informação que permite identificar qualquer ocorrência durante os trajetos realizados, com dados sobre localização, motorista e veículo.
Este tipo de integração ajuda a identificar pontos de melhorias a serem implementados e quais estratégias precisam ser revistas na operação.
E o mais importante: com uma tecnologia de redução de riscos, os motoristas da frota também ficam mais seguros sobre o seu trabalho — o que impacta diretamente na produtividade dos profissionais.
Como a videotelemetria ajuda a aumentar a segurança no trânsito
A videotelemetria é uma tecnologia que utiliza a captação de imagens para a coleta de dados através de câmera de segurança veicular.
Seu funcionamento consiste na instalação de uma câmera no automóvel, que vai gravar imagens tanto do exterior quanto do interior do veículo.
E como ela ajuda a reduzir acidentes e sinistros?
Com a captação das imagens tanto da cabine quanto da via, fica muito mais fácil verificar incidentes de trânsito e identificar o que, realmente, aconteceu. Sem achismos, mas com imagens e filmagens em mãos.
Além disso, com o alerta de excesso de velocidade do veículo, o motorista consegue atuar de maneira preventiva para que a multa não aconteça.
Tudo isso pode ser encontrado na Cobli Cam, telemetria com vídeo que reduz custos e aumenta o cuidado.
Essa tecnologia permite ao gestor identificar e inibir a condução perigosa, tendo mais controle sobre o modo de condução, a partir da videotelemetria.
Conheça alguns dos benefícios para reduzir acidentes e aumentar a segurança:
- Identificar comportamentos de risco: entenda o comportamento dos motoristas ao volante e dê feedbacks certeiros para os condutores melhorarem seu desempenho;
- Reduzir custos com infrações e acidentes: monitore e identifique padrões de risco na condução. Receba alertas pelo painel e tenha as gravações dos eventos registradas automaticamente;
- Proteger de falsas acusações em casos de acidente: utilize as gravações como evidências para discussões jurídicas e solução de processos.
Também é possível contar com alertas sonoros que são gerados a cada evento de direção perigosa que o motorista executa, como “direção distraída“, “curvas bruscas” ou “proximidade do veículo da frente“. Assim, ele consegue ser alertado, sem precisar desviar a atenção do trânsito.
Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota no blog da Cobli.