O sucesso da operação de uma frota depende da boa performance dos seus veículos. Um indicador importante que influencia isso é o RPM dos motores, que impacta diretamente na qualidade da condução e na economia de custos com manutenção e combustível.
O RPM do veículo é o número de rotações por minuto que o virabrequim realiza. Essa é uma das peças mais importantes do motor, pois é responsável por fazer o automóvel rodar.
Para entender melhor: o virabrequim é o que distribui a energia gerada pelo motor para as rodas motrizes do veículo.
Por isso, é essencial garantir que a atividade do motor e da velocidade/marcha estejam alinhados para cada circunstância. E é o RPM que nos dá essa informação no painel do veículo.
O acompanhamento de RPM do motor é essencial para garantir que os veículos da frota estão em boas condições — além de ser indispensável no controle de combustível.
Neste artigo, mostraremos como realizar a medição de RPM e como utilizar essas informações para otimizar as operações na gestão de frotas.
Índice:
Indicador de RPM no painel automotivo
O indicador de RPM pode ser visualizado no painel do veículo. No painel, existe um apontador que vai de 1 a 8, que indica a contagem de giros, e a estampa com número x1000 (número multiplicado por mil).
Existe uma relação direta entre o número indicado no painel com a mudança de marcha do veículo — e é nisso que devemos nos atentar.
Isso porque cada motor tem uma faixa ideal de giro para fazer a troca de marcha para que a potência não seja prejudicada. Para o motorista ter esse controle, o indicador de RPM é separado por zonas de diferentes cores.
- Luz verde: indica que a rotação e a aceleração estão corretas;
- Luz amarela: indica que a rotação não está com funcionamento adequado, o que pode levar ao desgaste do motor;
- Luz vermelha: é o sinal de alerta, pois indica haver alguma falha no sistema e há risco de comprometimento do motor.
A luz vermelha é a faixa limite para a marcha ser trocada. Se ultrapassar esse ponto, há grandes riscos de dano ao motor.
Por isso, ter atenção ao painel de RPM é importante para que o motorista não realize esforços excessivos no motor e sempre realize a mudança de marcha nas faixas adequadas.
Vale lembrar que não existe um valor de RPM correto para a troca de marcha, já que varia conforme o veículo.
Esse cuidado não só ajuda a conservar o sistema como também evita consumo excessivo de combustível.
Por que medir RPM de motores dos veículos da frota?
Na gestão de frotas, existem duas atividades indispensáveis para uma boa operação: manutenção de veículos e controle de combustível. E ambas são influenciadas pelo RPM dos motores.
A troca de marchas também está envolvida. Ao acelerar demais em marchas erradas, o consumo de combustível aumenta e ainda impõe uma sobrecarga no motor.
Para a frota, pode significar gastos excessivos com combustível e possíveis danos no motor dos veículos da frota — ou seja, mais manutenção e mais custos.
É por esse motivo que medir o RPM é tão importante.
Quando a frota inclui na sua rotina de manutenção preventiva a medição de RPM, garante a melhor autonomia e eficiência dos seus veículos.
E não só isso: ajuda a economizar bastante no consumo de gasolina, o que já é preocupação certa de todo gestor de frotas.
Mais precisamente, a pesquisa da Trimble aponta que 71,43% dos gestores colocam o consumo de combustível como um dos maiores desafios da operação de uma frota nos últimos anos.
Para quem se vê dentro dessa estatística, vale conferir as dicas de como realizar a medição de RPM dos veículos da frota.
Como medir o RPM dos motores da frota?
Existem dispositivos que podem ser utilizados para a medição do RPM. Os mais comuns são o tacômetro manual e o multímetro.
Com o tacômetro, a medição é feita ao inserir o dispositivo diretamente no eixo do motor. Assim, a rotação é transmitida ao tacômetro por meio de uma embreagem de borracha.
Já o multímetro é acoplado junto a um captador indutivo RPM para fazer sua medição.
É importante lembrar que ambos dispositivos devem ser operados por um especialista. Então, o mais indicado é que durante as manutenções preventivas seja pedida a conferência do RPM dos motores dos veículos.
Existe um número de rotações por minuto ideal?
Agora que já sabemos a importância de medir o RPM do motor, surge a dúvida: mas o que é um bom número de RPM?
A escala de rotações está definida entre 1 a 8, cada número representando o valor real multiplicado por 1000.
Por exemplo: se o RPM indica o nº 3, significa que o motor do veículo gira a 3000 rotações por minuto.
Mas a verdade é que não existe um número de RPM ideal. Cada veículo tem suas particularidades e faixa de rotação mais adequada.
Por isso, o gestor deve estar sempre atento a qual RPM é o mais indicado para que a frota tenha o melhor rendimento possível.
Para isso, sempre conte com opiniões e avaliações de especialistas da sua confiança.
03 formas de aumentar a eficiência da frota ao medir RPM de motores
Na prática, medir o RPM de motores da sua frota pode auxiliar (e muito!) nas atividades diárias e até na melhora performance das operações.
Separamos 3 formas de como aplicar na sua rotina.
1. Monitoramento da condução dos motoristas
A eficiência da frota é muito influenciada pela forma como os motoristas conduzem os veículos. Ter em mãos os dados sobre essa condução ajuda a dar uma visão 360º sobre o andamento da operação.
Uma das ferramentas que torna esse monitoramento possível é a telemetria veicular. Por meio dela, é possível obter diferentes tipos de informações sobre o trajeto e a condução do motorista — incluindo a medida de RPM, quando integrado aos equipamentos de medição.
A telemetria, quando integrada ao software de gestão de frotas, faz a captação de dados sobre veículo, trajeto e condução. Essas informações são transmitidas diretamente ao software e podem ser visualizadas a qualquer momento.
Com a telemetria, é possível identificar situações que podem prejudicar o funcionamento dos veículos, como frenagens e acelerações bruscas, velocidades acima do permitido, consumo de combustível por veículo, entre outros.
No caso de RPM do motor, o gestor consegue identificar quando o motorista ultrapassa a zona verde e causa desgaste ao motor.
Esse tipo de informação pode auxiliar desde a identificar o perfil de condução de motoristas e no momento de oferecer treinamentos até ao agendamento de manutenções de veículos expostos a algum risco mecânico.
2. Relatórios das condições físicas de cada veículo
O software para frotas gera os relatórios, que podem ser personalizados por dados e período específico.
Um gestor de frotas pode visualizar todo o histórico a respeito de um veículo — ou seja, é possível até mesmo observar quantas vezes um veículo sofreu sobrecarga no motor.
Isso também ajuda à gestão a ter mais visibilidade para saber quais veículos estão precisando de revisão ou reparo.
3. Controle do consumo de combustível
Por último, monitorar o RPM dos veículos da frota ajuda também em otimizar os custos com combustível. Pois, quanto mais excessos de RPM, mais combustível é consumido.
Esse tipo de informação também é captada pela telemetria veicular. Com esses dados, a gestão pode criar boas práticas aos motoristas sobre se manter nas rotações adequadas e até mesmo criar uma cultura de condução mais econômica.
Ter atenção ao RPM dos motores da frota se refletem em práticas como esta, o que acaba auxiliando na redução de gastos, no aumento da segurança dos veículos e seus condutores e na maior eficiência de toda a operação.
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