Você sabe o que é PCP? Em resumo, é a sigla para Plano de Controle de Produção.
O Plano de Controle de Produção nada mais é do que um método de gerenciamento de produção que permite otimizar os recursos (matérias-primas, insumos, tempo, trabalho humano), agilizar os processos e aprimorar a gestão.
Não à toa, o PCP é muito utilizado pelas indústrias e gera resultados como a redução dos custos operacionais, a elevação da produtividade e o aumento dos lucros.
Quer aprender um pouco mais sobre PCP para tornar a sua empresa mais competitiva? Então, continue com a gente!
Neste texto, vamos explicar o que é PCP, em quais pilares se apoia esse método, como aplicá-lo na sua empresa e que benefícios você pode esperar dele. Siga a leitura e confira.
O que é PCP e qual a sua função?
Como adiantamos acima, o PCP é a sigla para Plano de Controle de Produção.
Trata-se, como o próprio nome já diz, de um método cujo objetivo é planejar e controlar a produção, isto é, gerenciar os processos produtivos, otimizar recursos, elevar a eficiência de uma empresa e torná-la mais competitiva.
O diferencial do PCP é ser um método de gerenciamento que se preocupa com todos os processos relacionados à produção: da compra de matérias-primas e insumos à administração do estoque, da produção propriamente dita à gestão de recursos humanos.
Essa vocação “global” do PCP é o que assegura o aumento da produtividade, pois aproxima o gestor do chamado “chão de fábrica” e permite que ele possa tomar decisões mais assertivas, prever investimentos futuros e elaborar estratégias de crescimento.
Antes de dar dicas de como implementar o PCP na sua empresa, vamos falar um pouco sobre os três pilares desse método: planejamento, controle e produção. Leia com atenção os próximos tópicos!
Planejamento
Produção exige planejamento. Afinal, com frequência as indústrias dependem de matérias-primas agrícolas, que, por sua vez, estão submetidas a uma produção sazonal, ditada pelos ciclos de plantio e colheita.
A produção de vinho, por exemplo, para ocorrer durante o ano todo, deve levar em conta os períodos de safra da uva e buscar alternativas (estoques, importação) nos períodos entre uma colheita e outra.
A venda de determinados produtos também é sazonal. A demanda por agasalhos de lã praticamente só existe no outono e no interno. No entanto, para que esse produto esteja disponível aos consumidores entre abril e agosto, é necessário começar a planejar tudo quando o tempo ainda está quente. Quem não faz isso, perde oportunidades de lucrar.
Percebe a importância de se planejar? É por isso que o planejamento é o primeiro pilar do PCP.
Planejar é, antes de mais nada, responder três perguntas:
- Que itens serão fabricados?
- Em que quantidade serão fabricados?
- Qual o melhor momento para fabricá-los?
Produção
Contrariando um pouco a sigla, o segundo pilar do PCP é a produção.
Após decidir o que será produzido, quando e em que quantidade, é hora de acertar os detalhes da produção propriamente dita.
Em outras palavras: é preciso definir cronogramas e estabelecer metas, contatar os fornecedores de matérias-primas, conferir o estado do maquinário, destacar os colaboradores que vão botar a mão na massa, planejar o escoamento das mercadorias.
Em suma, o objetivo dessa etapa do PCP é mapear todos os processos envolvidos na produção e elaborar estratégias para que cada um deles seja executado com máxima eficiência.
Controle
O terceiro e último pilar do PCP é o controle.
Nas etapas anteriores, foi decidido que seria produzido, quando e em que quantidade.
Também foi acertado como se daria a produção (com que produtos e máquinas, sob a responsabilidade de quem, em determinado período).
Agora, é hora de supervisionar a produção para assegurar que o que foi planejado está sendo cumprido no detalhe e de maneira eficiente.
O controle é uma etapa chave da implementação do PCP, porque ela possibilita que gestores identifiquem eventuais gargalos na produção (que resultam em desperdícios, atrasos e assim por diante) e intervenham, ou seja, consertem o que está causando problemas, de maneira rápida e certeira.
Abaixo, vamos ver, em detalhes, como esses três pilares se desdobram no PCP propriamente dito. Confira!
O que é preciso para se aplicar o PCP?
A esta altura do texto você já tem a resposta para a pergunta “o que é PCP”? E mais: já sabe até quais são os três pilares nos quais se apoia esse método.
É natural, portanto, que você queira ir além e aprender como aplicá-lo na sua empresa.
É isso que vamos ensinar nos próximos tópicos!
Previsão de demanda
Lembra que o primeiro pilar do PCP, a do planejamento, consistia em decidir o que seria produzido, quando e em que quantidade? Isso nada mais é do que previsão de demanda.
A previsão de demanda garante que você não será pego desprevenido quando os pedidos por determinado produto aumentarem. Nem vai ficar com produtos encalhados nos depósitos porque produziu mais do que o mercado é capaz de absorver.
Já imaginou estar com os estoques de agasalhos de lã vazios quando começarem as frentes fritas? Ou ter que jogar litros e litros de vinho fora porque o público estava mais interessado em cerveja? Quando isso acontece, é sinal de que a previsão de demanda foi malfeita.
Problemas de previsão de demanda também podem inviabilizar a produção, pois é com base nessa informação que são feitos os contatos com os fornecedores e as compras de insumos e matérias-primas.
Caso você não tenha comprado matéria-prima insuficiente, a produção será interrompida e você perderá a oportunidade de venda. Comprar matéria-prima em excesso também pode causar prejuízo.
Por isso, antes de verificar a previsão de demanda, assegure-se de que o seu inventário de estoque está em dia. Assim, você saberá o quanto de matéria-prima e insumos deverá comprar.
Quer uma dica para fazer isso da melhor maneira? Baixe a planilha de inventário de estoque disponibilizada pela Cobli e já comece a se organizar.
Planejamento da capacidade de produção
Feita a previsão de demanda, é hora de planejar a sua capacidade de produção, isto é, investigar se você realmente possui a infraestrutura suficiente para dar conta da produção.
Quando a conclusão é que a capacidade de produção da empresa é inferior à necessária, é necessário fazer ajustes, como investimentos em maquinário e mão-de-obra ou substituir a metas anteriormente acordadas por outras, mais modestas.
Planejamento Agregado da Produção (PAP)
A esta altura, você já conhece a sua demanda e a capacidade da produção da sua empresa. Chegou a hora de realmente planejar a produção.
O PAP é a etapa na qual são definidas as metas de produção, a quantidade de mercadoria que vai para os estoques, quantos funcionários precisarão ser contratados ou remanejados, que serviços logísticos serão necessários para o cumprimento dos objetivos estabelecidos, etc.
O Planejamento Agregado de Produção pode ser feito anualmente, desde que seja atualizado todo mês.
Programação Mestra da Produção (PMP)
A Programação Mestra da Produção, ou PMP, é uma espécie de PAP mais avançada.
Enquanto o PAP é um planejamento anual revisado mensalmente, o objetivo da PMG é orientar a produção a curto prazo e, para tanto, direcionar os recursos necessários.
A PMG visa evitar desperdícios e assegurar que a produção será suficiente para dar conta dos pedidos e não deixar os estoques vazios.
Programação Detalhada da Produção (PDP)
A Programação Detalhada de Produção determina os procedimentos diários da empresa com vistas ao cumprimento do que foi planejado.
Entre outras atividades, a PDP inclui a gestão de materiais, controle de estoques, o vaivém de documentos necessários para a execução dos processos, a liberação e o sequenciamento das ordens de produção.
Controle da produção
Chegamos, enfim, à última etapa, o controle da produção.
O objetivo aqui, como o próprio nome já diz, é supervisionar todos os processos relativos à produção de mercadorias e verificar se tudo está sendo feito de acordo com o planejado.
Esta etapa é de extrema importância, pois permite identificar eventuais gargalos e intervir imediatamente para evitar o comprometimento da produção.
Quais os benefícios de se aplicar o PCP?
O PCP traz ganhos consistentes de produtividade para as empresas onde é implantado. Conheça abaixo alguns dos benefícios proporcionados pelo PCP:
Integração
O PCP permite a integração de todos os processos relacionados à produção: da gestão de estoque ao transporte das mercadorias.
A integração é acompanhada de um melhor fluxo de informações entre os setores e resulta em ganho de eficiência e redução de erros.
Por exemplo: é a integração que possibilita que o pessoal das vendas possa fechar negócios com tranquilidade, pois conhece o cronograma de produção e a situação dos estoques.
Agilidade
O princípio que guia o que chamamos acima de controle de produção é o monitoramento, ou seja, a supervisão dos processos em tempo real.
O monitoramento ajuda na identificação dos problemas antes que eles se tornem grandes demais e possibilita a implementação de soluções com rapidez e eficiência.
E, como sabemos, a agilidade para tomar decisões e, principalmente, para agir são cruciais para assegurar a eficiência dos processos produtivos.
Aumento da produtividade
O principal benefício do PCP, porém, é o aumento de produtividade.
A implementação de um Plano de Controle de Produção é o segredo para aproveitar ao máximo o potencial dos recursos que já existem na sua empresa, tanto do maquinário quanto do capital humano que você reuniu.
Todas as etapas que listamos acima têm como objetivo elevar a eficiência e reduzir desperdícios por meio do planejamento estratégico e da atenção aos detalhes.
É claro, vale lembrar que, para realmente cumprir o Plano de Controle de Produção é fundamental estar em dia com a manutenção da linha de montagem e treinar os trabalhadores.
Pronto! Agora que você já sabe o que é PCP, como implantá-lo e que benefícios esperar dele! Mãos à obra!
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