Grande parte das tarefas que realizamos no dia a dia dependem de alguma fonte de energia. Por isso, falar sobre matriz energética é muito importante para buscarmos modos mais sustentáveis e econômicos de produzir e utilizar esses recursos, especialmente em empresas, onde o consumo é elevado.
Continue a leitura para entender o que é matriz energética, sua importância, saber mais sobre as fontes de energia que compõem a matriz brasileira e os impactos na gestão de frota. Assim, poderá tomar decisões estrategicamente na sua empresa. Vamos lá?
Índice:
O que é matriz energética?
Matriz energética é o conjunto de fontes de energia utilizadas por um país para suprir as demandas dos setores industrial e comercial, além das residências. Refere-se também à proporção que cada uma delas é usada para gerar eletricidade, calor, transporte e outras necessidades.
As principais fontes de energia existentes são: petróleo, gás natural, carvão, hidrelétricas, energia eólica, energia solar, biomassa e nuclear. Cada país define a proporção do uso de cada uma, segundo os recursos naturais disponíveis e as políticas energéticas adotadas.
Um ponto importante em relação às fontes de energia que compõem uma matriz energética, é que elas podem ser renováveis ou não renováveis. Observe:
Fontes de energia renováveis: se regeneram rapidamente, sendo consideradas inesgotáveis, como: hidrelétricas, energia solar, eólica e biomassa.
Fontes de energia não renováveis: estão disponíveis no meio ambiente em quantidade limitada, havendo risco de esgotamento, como: petróleo, gás natural, carvão mineral e energia nuclear.
Importância da matriz energética
Depender de apenas uma fonte de energia é extremamente arriscado, por isso, é importante que os países tenham uma matriz energética diversificada, desenvolvida estrategicamente.
Entenda a seguir os principais aspectos que mostram a importância da matriz energética.
Diversificação e segurança: por meio de uma matriz energética diversificada é possível garantir a segurança energética do país. Afinal, se um tipo de energia faltar ou se tornar muito caro, outros podem compensar, evitando crises de abastecimento.
Sustentabilidade ambiental: a escolha das fontes de energia impacta diretamente o meio ambiente. Fontes renováveis, como a solar e a eólica, por exemplo, geram menos poluição e gases de efeito estufa, se comparadas às fontes fósseis, como petróleo e carvão.
Economia: a matriz energética de um país afeta os custos de produção e consumo de energia. Fontes renováveis, embora possam exigir investimentos iniciais maiores, geralmente são mais econômicas a longo prazo.
Qual é a matriz energética brasileira?
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 44,8% da energia produzida no Brasil vem de fontes renováveis.
Comparativamente, de toda energia usada no mundo, apenas 14,7% é considerada renovável, colocando nosso país em uma posição de destaque no cenário mundial.
Considerando apenas a matriz elétrica, 78% da energia elétrica usada no Brasil vem de fontes renováveis, incluindo: hídrica (55%), eólica (14,8%) e biomassa (8,4%).
Entenda melhor como é composta a matriz energética brasileira através das principais fontes de energia utilizadas.
Petróleo e derivados
O petróleo é uma das principais fontes de energia do mundo e também do Brasil, representando 35,7% do consumo nacional. É utilizado para produzir gasolina, diesel e outros derivados, sendo essencial para o transporte e a indústria.
No entanto, é uma fonte não renovável e sua queima gera excesso de poluentes e gases do efeito estufa.
Biomassa
A biomassa é uma fonte de energia renovável que vem de materiais orgânicos, como resíduos agrícolas, florestais e de animais.
No Brasil, a cana-de-açúcar é uma das principais fontes de biomassa, utilizada para produzir etanol e também para gerar eletricidade, representando 15,4% do consumo.
Energia hídrica
A energia hídrica é gerada a partir da força das águas, por isso, é considerada renovável. As hidrelétricas funcionam aproveitando as quedas d’água para mover turbinas que geram energia elétrica.
No Brasil, ela é a principal fonte de eletricidade, com 219 usinas de grande porte em operação. Em relação à matriz energética, representa 12,4% do consumo.
Gás Natural
O gás natural é um combustível fóssil encontrado em reservatórios subterrâneos. Sua participação na matriz energética brasileira é de 10,5%.
Apesar de não ser renovável, é uma fonte de energia mais limpa que o carvão e o petróleo, emitindo menos poluentes e gases de efeito estufa.
Outras fontes
Outras fontes de energia que compõem a matriz energética brasileira, incluem: lenha e carvão vegetal (9%); carvão mineral (4,6%); energia eólica e solar (3,5%); e energia nuclear (1,3%).
Impactos da matriz energética na gestão de frota
Como foi possível notar até aqui, a matriz energética impacta em praticamente tudo o que fazemos, seja usar o celular, tomar um banho quente, preparar um alimento ou se deslocar usando um veículo.
A matriz energética de um país também tem um impacto significativo na gestão de frota. Afinal, a escolha das fontes de energia utilizadas pode afetar tanto os custos operacionais quanto a sustentabilidade das operações.
Veja, a seguir, de que formas a matriz energética pode influenciar a gestão de frota.
Custos operacionais
Os preços dos combustíveis mais usados no Brasil, como os derivados do petróleo, estão sujeitos às flutuações do mercado. Como consequência, isso afeta os custos das operações que dependem de gasolina ou diesel.
Apesar da infraestrutura de distribuição desses combustíveis ser bem estabelecida, qualquer interrupção no fornecimento pode impactar a frota. Um bom exemplo foi a greve dos caminhoneiros que ocorreu no Brasil em 2018, levando milhares de brasileiros aos postos com medo de um desabastecimento.
Sustentabilidade ambiental
Os combustíveis fósseis, além de não terem fontes renováveis, geram emissões significativas de dióxido de carbono e outros poluentes, contribuindo para a poluição do ar e mudanças climáticas.
Eficiência operacional
Por fim, a matriz energética influencia a eficiência operacional da frota. Buscar formas de otimizar o consumo de combustível resulta em uma operação mais econômica e sustentável.
Por tecnologias voltadas para a gestão de frotas, como telemetria, videotelemetria e roteirização, é possível reduzir o desperdício de combustível, minimizar o tempo ocioso dos veículos e adotar práticas de direção econômica.
Essas medidas não apenas ajudam a diminuir os custos operacionais, como também reduzem as emissões de poluentes, contribuindo para uma operação mais eficiente e ambientalmente responsável.
Conhecer a matriz energética brasileira e as possibilidades de usá-la estrategicamente é fundamental para empresas que desejam se manter competitivas e contribuir para a sustentabilidade ambiental, especialmente em operações que envolvem frotas.
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