A manutenção de pneus é fundamental para garantir que um bom desempenho dos veículos nas estradas, já que são eles que fazem o contato entre o veículo e o solo.
Apesar disso, são poucas as pessoas que dão a atenção necessária que essa parte do veículo merece. Isso acaba por gerar custos que podem ser evitados se a manutenção estiver em dia.
Aprender sobre a manutenção de pneus pode ajudar a aumentar a segurança, reduzir os custos com manutenção do veículo e prolongar a vida útil dos pneus.
Por isso, neste texto, abordaremos a importância da manutenção de pneus e forneceremos dicas práticas para garantir que eles estejam em ótimo estado. Acompanhe a leitura!
Índice:
O que é manutenção de pneus e qual sua importância?
A manutenção de pneus é o processo de inspecionar regularmente os pneus de um veículo para detectar e corrigir problemas antes que eles se tornem mais sérios ou causem falhas durante a condução.
Isso é importante para garantir a segurança do veículo e dos passageiros, prolongar a vida útil dos pneus e economizar dinheiro a longo prazo, já que a substituição pode gerar custos altos para a frota.
Como fazer a manutenção dos pneus?
Manter os pneus dos veículos em dia é essencial para garantir a segurança dos motoristas e evitar despesas desnecessárias para a frota.
Alguns passos para manter a manutenção dos pneus em dia são:
- Verificar regularmente a pressão dos pneus e mantê-los inflados adequadamente;
- Verificar o desgaste dos pneus e substituí-los quando necessário;
- Realizar o balanceamento e alinhamento dos pneus periodicamente;
- Inspecionar visualmente os pneus quanto a danos e desgaste excessivo;
- Fazer a rotação dos pneus para garantir que o desgaste seja distribuído uniformemente em todos os pneus.
Quais os indicadores de desgaste de pneus?
O desgaste dos pneus é um processo natural que ocorre ao longo do tempo à medida que o pneu é usado.
A taxa de desgaste depende de vários fatores, incluindo a qualidade do pneu, o tipo de terreno em que é usado, a pressão dos pneus e como o veículo é conduzido.
No geral, os pneus têm indicadores de desgaste projetados em sua superfície para alertar quando a banda de rodagem atinge um nível crítico. Alguns dos indicadores mais comuns são:
Barras de indicador de desgaste
A maioria dos pneus modernos tem pequenas barras de borracha na superfície do pneu, que se tornam visíveis quando a banda de rodagem está gasta até o ponto em que deve ser substituída.
Marcas TWI
TWI significa “indicador de desgaste da banda de rodagem” e é uma pequena marcação que aparece em intervalos regulares na parede lateral do pneu. Quando a banda de rodagem chega ao nível do TWI, é hora de substituir o pneu.
Desgaste irregular
O desgaste irregular dos pneus pode indicar problemas com o alinhamento das rodas, desbalanceamento ou outros problemas mecânicos. Inspeções regulares dos pneus podem ajudar a detectar esses problemas antes que eles causem danos mais sérios.
Vibração
Se o carro vibrar ou tremer durante a condução, pode indicar que os pneus estão desgastados desigualmente ou que estão desbalanceados. Porém, é preciso saber que isso não é uma regra.
Portanto, é importante realizar a manutenção regular dos pneus, incluindo a verificação da pressão e a inspeção regular da banda de rodagem para garantir que estejam em boas condições e possam proporcionar uma condução segura.
O que é a calibração dos pneus e com qual frequência deve ser feita?
A calibração dos pneus é um processo fundamental para garantir a segurança e o desempenho do veículo. A pressão dos pneus deve ser verificada regularmente e ajustada conforme as especificações do fabricante do veículo.
Geralmente, é recomendado verificar a pressão dos pneus pelo menos uma vez por semana, especialmente antes de fazer viagens longas ou quando houver mudanças significativas na temperatura ambiente.
Além disso, é importante lembrar que a pressão correta pode variar dependendo do modelo do veículo e do tipo de pneu utilizado.
Para calibrar os pneus corretamente, siga as seguintes etapas:
- Verifique a pressão recomendada no manual do proprietário do veículo ou na etiqueta de pressão dos pneus, geralmente localizada na porta do motorista ou na tampa do combustível.
- Utilize um medidor confiável para verificar a pressão dos pneus. Insira a ponta do medidor na válvula do pneu e leia a pressão indicada no medidor.
- Se a pressão dos pneus estiver abaixo da recomendada, adicione ar ao pneu usando um compressor. Certifique-se de não ultrapassar a pressão máxima recomendada.
- Se a pressão dos pneus estiver acima da pressão recomendada, remova o excesso de ar usando um medidor de pressão ou uma ferramenta apropriada.
- Repita o processo para todos os pneus do veículo.
Pneus com pressão incorreta podem afetar a dirigibilidade do veículo, aumentar o consumo de combustível e causar desgaste prematuro dos pneus.
10 principais erros no reparo e manutenção de pneus
É importante que os motoristas cuidem bem dos seus pneus para garantir sua segurança e economizar dinheiro a longo prazo. No entanto, existem alguns erros que podem afetar a qualidade e a vida útil dos mesmos.
Reunimos os 10 principais abaixo. Confira!
Economizar na compra e manutenção de pneus
Como os pneus são peças muito importantes para a sua segurança, não é bom que você queira fazer economia justamente neste item.
Comprar pneus de má qualidade e deixar de fazer manutenções periódicas acarreta gastos desnecessários com pneus de pouca durabilidade.
Pneus em condições ruins afetam consideravelmente a estabilidade do seu carro, podendo levar à perda de controle e acidentes.
O bom funcionamento de partes do seu veículo, como eixos, suspensão, rolamentos e freios depende diretamente da conservação e uso dos pneus. Por isso, a verificação do estado deles deve ser feita constantemente — não só quando precisar de reparos.
Em empresas que possuem muitos veículos, o ideal é que haja um sistema para controle de revisões.
No entanto, é possível também fazer esse acompanhamento com planilhas e a Cobli possui uma totalmente gratuita. Basta clicar aqui e baixar!
Esperar até que o pneu esteja “careca” para trocar
Se os sulcos do pneu estiverem com menos de seis milímetros de profundidade, já pode ser considerado que o pneu está liso, gasto ou, como é mais conhecido, “careca”.
Não é à toa que dirigir com o pneu desta forma é considerado infração grave, com cinco pontos perdidos na carteira e R$ 195,23 de multa.
Nesse estado, o pneu fica mais propenso a estouros, além de derrapar mais (principalmente nas curvas) e ficar com as frenagens menos eficazes.
Na chuva, há um risco muito grande de você entrar em uma aquaplanagem, perdendo totalmente o controle sobre a direção do veículo.
Para saber se é hora de fazer a manutenção de pneus, verifique as marcações, indicadas pela figura de um triângulo ou pela sigla TWI (Tread Wear Indicator).
Riscar o pneu
Por falar em pneu careca e economia, outro procedimento muito comum entre pessoas que não querem investir em segurança é o de frisar ou riscar o pneu.
Este é um procedimento onde os sulcos são redesenhados sobre a borracha, que já está desgastada. Ou seja, não é uma manutenção de pneus considerada adequada, muito menos segura
Todos os especialistas condenam a prática, que compromete a estrutura do pneu — às vezes até deixando a lona visível. Nesses casos, a probabilidade de o pneu estourar é muito grande.
Por mais que doa no seu bolso, o pneu que está muito desgastado precisa mesmo ser trocado, garantindo a segurança do motorista e de todos que trafegam na mesma via que ele.
Não fazer o alinhamento e o balanceamento dos pneus
Estes procedimentos devem ser feitos para corrigir a perda de tração e estabilidade do conjunto de rodas. Desalinhadas e desbalanceadas, as rodas fazem o pneu ficar com um desgaste irregular, podendo diminuir sua vida útil em até 50%.
Normalmente, o alinhamento e o balanceamento são feitos a cada 10 mil quilômetros rodados ou quando você troca os pneus ou algum componente da suspensão do carro.
No entanto, é uma boa ideia que você faça esses procedimentos sempre que sentir que a direção está ‘’pesada’’, vibrando ou puxando para um lado. Podem também ser necessários depois de um impacto ou desgaste anormal de alguma peça da suspensão.
Outra boa maneira de verificar se o seu veículo precisa ser alinhado ou balanceado é comparando os desgastes dos pneus. Observe se não há diferenças de região onde as bandas de rodagem estão mais desgastadas.
Usar “macarrão” no pneu por tempo prolongado
O chamado “macarrão” é um filete de borracha, colocado com uma agulha, em algum furo pequeno no pneu. É uma medida rápida, que pode ser feita sem a necessidade de desmontar a roda.
Porém, a solução deve ser considerada provisória. Ou seja, ela não elimina a necessidade de um conserto completo. O macarrão permite que sujeira e umidade entrem em contato com a parte metálica do pneu, diminuindo sua vida útil.
Se o procedimento for mal feito, pode continuar havendo vazamento de pressão no local do furo. Para pneus novos, o ideal é a vulcanização — procedimento mais completo e demorado, porém menos agressivo à estrutura do pneu.
Faça o curso GRATUITO da Cobli Ensina para gestão da manutenção em frotas comerciais!
Deixar de fazer o rodízio de pneus
O rodízio nada mais é do que trocar os pneus da frente pelos de trás e vice-versa. Seu objetivo é fazer com que os pneus sejam desgastados de forma mais uniforme, compensando as diferenças entre os eixos dianteiro e traseiro — eixo onde a tração exige mais dos pneus.
Por consequência, o procedimento aumenta a durabilidade dos pneus, além de permitir que o veículo mantenha a estabilidade nas curvas e frenagens.
O recomendado é que o rodízio seja feito a cada oito mil quilômetros para pneus radiais e cinco mil quilômetros para os diagonais.
Calibrar sem consultar o manual do proprietário
Quando o conjunto de pneus é calibrado erroneamente, a vida útil dessas peças fica muito afetada. No manual, consta a quantidade de libras ideal recomendada pelo fabricante.
Lembre-se: existem diferenças de calibragem entre os pneus dianteiros e traseiros, bem como entre o carro vazio e lotado.
A pressão dos pneus deve ser verificada toda semana. Se você for viajar, então, a calibragem é imprescindível.
Rodar com o pneu vazio
Um pneu que não está cheio o suficiente fica com uma área de contato muito grande entre a banda de rodagem e a pista. Isso faz com que haja um desgaste maior nas extremidades dessas bandas de rodagem.
Além disso, há uma exigência maior do motor, o que o faz se desgastar mais rápido e consumir mais combustível.
Rodar com o pneu cheio demais
Com umas libras a mais, o pneu fica com um desgaste maior na área central da banda de rodagem, que pode apresentar rachaduras e permitir a entrada de pequenos objetos nos sulcos.
Fora isso, ele é mais propenso a estourar e pode fazer o veículo perder a estabilidade nas curvas.
Esquecer de calibrar o estepe
O estepe costuma ser pouco lembrado e vai se esvaziando gradualmente. Porém, esse é um componente que pode salvar no momento de uma emergência.
Uma boa dica é que você calibre o estepe com umas libras a mais para compensar esse período em que ele fica esquecido. Afinal, você nunca sabe quando vai precisar usá-lo de novo.
Garantir um desempenho seguro e confiável do veículo, também começa com uma boa manutenção dos pneus. Ao seguir as práticas necessárias, é possível prolongar a vida útil deles, garantir a segurança e evitar custos adicionais.
Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota no blog da Cobli.