Para evitar acidentes e problemas ao dirigir, muita gente diz que o melhor caminho é usar a inteligência emocional no trânsito. Não sabe o que é isso? É um conjunto de técnicas e comportamentos para melhorar nossas atitudes no cotidiano.
Quem dirige no dia a dia sabe muito bem que, às vezes, inúmeras situações no trânsito causam uma grande pressão psicológica nos motoristas.
Agora imagine como isso acontece para quem trabalha o dia inteiro à frente do volante.
É algo que vale não só para o trânsito, mas também para todos os nossos tipos de relações – do trabalho à vida em família, da escola às relações com amigos.
Neste texto, você entenderá o que é a inteligência emocional e para que exatamente ela serve. Também saberá porque há diferentes tipos de inteligência e como ela pode ser aplicada no trabalho.
Como gestor de frota, você ainda descobrirá como o emocional pode afetar a vida do motorista e como pode orientar os frotistas nesse assunto. Vamos lá?
Índice:
O que é inteligência emocional e como ela se aplica no trânsito?
Inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as emoções, tanto as próprias quanto as dos outros.
O conceito de inteligência emocional foi criado pelo autor americano Daniel Goleman, que escreveu um livro justamente com esse título.
Para o autor, há cinco habilidades diferentes na inteligência emocional:
- Autoconhecimento: a capacidade de reconhecer as próprias emoções e sentimentos;
- Controle emocional: adequar os sentimentos nas situações;
- Automotivação: a capacidade de direcionar as emoções em torno de uma realização pessoal;
- Reconhecimento interpessoal: ter a capacidade de entender o que o outro está sentindo e conseguir manifestar empatia;
- Habilidade em relacionamentos interpessoais: ser capaz de ter interações de qualidade com os outros indivíduos por meio de competências sociais.
Perceba que uma habilidade pode auxiliar a outra a se sustentar bem, mas não necessariamente alguém que se conhece bem, pode ser conseguir ler bem as intenções dos outros.
E como ela pode ser aplicada no trânsito?
Já no contexto do trânsito, a inteligência emocional se refere à capacidade de lidar com as emoções de forma adequada enquanto se conduz um veículo, interage com outros motoristas e enfrenta situações estressantes nas estradas.
Ela pode ser aplicada no trânsito através de algumas maneiras:
- Autoconsciência;
- Autorregulação emocional;
- Empatia;
- Comunicação efetiva;
- Gerenciamento de estresse.
A aplicação da inteligência emocional no trânsito promove um ambiente mais seguro, reduzindo a agressividade, melhorando a comunicação entre os motoristas e contribuindo para a prevenção de acidentes.
Ao desenvolver a capacidade de reconhecer e gerenciar as emoções no trânsito, os condutores têm mais chances de tomar decisões conscientes e responsáveis, contribuindo para a segurança de todos nas estradas.
Há diferentes tipos de inteligência emocional?
Não. Como vimos acima, a inteligência emocional contempla diversas habilidades.
Ela aparece ainda como predominante em dois tipos de inteligência – a interpessoal e a intrapessoal.
Ao todo, existem sete tipos de inteligência, segundo uma classificação proposta pelo psicólogo americano Howard Gardner.
Além das duas que já citamos, as outras são:
- Lógica;
- Linguística;
- Espacial;
- Motorola;
- Musical.
As duas primeiras são as chamadas inteligências clássicas, costumeiramente medidas em testes de QI — o quociente de inteligência. As outras ajudam a mostrar diversos talentos diferentes das pessoas.
Como a falta de inteligência emocional pode afetar a segurança no trânsito?
Além de ser um trabalhador, o motorista que dirige profissionalmente também tem de lidar muito bem com sua inteligência emocional no trânsito.
O motorista que dirige nervoso, por exemplo, precisa saber como controlar suas emoções para evitar que a forma como conduz se transforme em acidentes, batidas ou mesmo em condução agressiva para com outras pessoas.
Agora pense no que pode acontecer com o trânsito de uma cidade quando um conjunto de motoristas não consegue exercer bem seu emocional de forma inteligente. Caos, né?
Por outro lado, um grupo de motoristas que consegue utilizar bem sua inteligência emocional pode até conseguir evitar as ações desastradas de um condutor inconsequente.
Mas além disso, a falta de inteligência emocional pode ter um impacto significativo na segurança no trânsito. Algumas situações são:
Comportamento agressivo
A falta de inteligência emocional pode levar a respostas impulsivas e agressivas no trânsito.
Isso pode resultar em comportamentos como buzinar excessivamente, xingar outros motoristas, fazer gestos ofensivos, dirigir de forma imprudente, entre outros. Essas atitudes aumentam o risco de conflitos e acidentes no trânsito.
Tomada de decisões impulsivas
Quando as emoções estão fora de controle, a capacidade de tomar decisões racionais e pensar de forma clara pode ser prejudicada.
Isso pode levar a decisões impulsivas no trânsito, como fazer ultrapassagens perigosas, ignorar sinais de trânsito, exceder limites de velocidade ou realizar manobras arriscadas. Essas ações aumentam o potencial de acidentes e colocam a segurança em risco.
Distração
A falta de inteligência emocional também pode levar a distrações no trânsito. Por exemplo, se um motorista está sobrecarregado emocionalmente devido a um evento estressante, como uma discussão, ele pode perder o foco na condução.
Isso pode levar à falta de atenção na estrada, aumentando o risco de acidentes.
Incapacidade de lidar com o estresse
O trânsito muitas vezes gera situações estressantes, como congestionamentos, atrasos ou comportamentos inadequados de outros motoristas.
Se alguém não possui inteligência emocional para lidar com o estresse, pode reagir de forma exagerada, ficar ansioso, nervoso ou irritado. Essas reações podem comprometer a capacidade de conduzir de maneira segura e adequada.
Falta de empatia
Se um condutor não possui inteligência emocional suficiente para compreender as emoções dos outros motoristas, ele pode ter dificuldades em antecipar suas ações ou reagir de maneira adequada.
A falta de empatia pode levar a situações de conflito e colocar a segurança de todos em risco.
Todos esses fatores contribuem para um ambiente de condução inseguro, aumentando a probabilidade de acidentes e colocando em perigo a vida e a integridade física de todos os envolvidos no trânsito.
Quais são os principais comportamentos que podem afetar a segurança no trânsito?
Existem diversos comportamentos que podem afetar negativamente a segurança no trânsito. Aqui estão alguns dos principais:
Excesso de velocidade
Dirigir acima do limite de velocidade estabelecido é uma das principais causas de acidentes graves. O excesso de velocidade reduz o tempo de reação do motorista, dificulta o controle do veículo e aumenta a distância necessária para parar em caso de emergência.
Uso do celular ao volante
Utilizar o celular enquanto se dirige é extremamente perigoso e uma das principais causas de acidentes.
A distração causada pelo uso de mensagens de texto, chamadas telefônicas ou acesso às redes sociais diminui a atenção do motorista na estrada e aumenta o risco de colisões.
Dirigir sob a influência de álcool ou drogas
O consumo de álcool ou drogas afeta negativamente a capacidade de um motorista em julgar distâncias, reagir a emergências e manter o controle do veículo. Essa combinação pode resultar em acidentes graves e até fatais.
Não usar cinto de segurança
O não uso do cinto de segurança é um comportamento irresponsável que coloca em risco a vida do condutor e dos passageiros. O cinto de segurança é essencial para proteger as pessoas em caso de colisões ou freadas bruscas.
Não respeitar as regras de trânsito
Ignorar as leis e regulamentos de trânsito, como não parar em sinais vermelhos, não respeitar a preferência de outros veículos ou não utilizar corretamente as faixas de tráfego, pode levar a acidentes e congestionamentos.
Fadiga ao volante
Dirigir quando se está cansado ou com sono aumenta consideravelmente o risco de acidentes. A fadiga diminui a atenção, a capacidade de reação e a concentração do motorista.
Além disso, segundo a ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), dirigir com sono ou cansaço é responsável por 60% dos acidentes de trânsito no Brasil, superando os dados relativos ao consumo de álcool e drogas.
Manobras arriscadas
Realizar ultrapassagens perigosas, mudanças de faixa abruptas sem sinalizar corretamente, não manter uma distância segura do veículo à frente ou fazer curvas em alta velocidade são exemplos de manobras arriscadas que podem levar a colisões.
Agressividade no trânsito
Comportamentos agressivos, como buzinar excessivamente, xingar outros motoristas, fazer gestos ofensivos ou perseguir outros veículos, podem criar um ambiente hostil e aumentar o risco de conflitos e acidentes.
Esses são apenas alguns dos comportamentos que podem afetar negativamente a segurança no trânsito.
É importante respeitar as regras de trânsito, manter a atenção constante na estrada, evitar distrações e adotar uma condução defensiva, priorizando sempre a segurança própria e dos outros usuários das vias.
Que benefícios a inteligência emocional pode trazer para sua frota?
Uma empresa que conseguir aplicar as estratégias para desenvolver a inteligência emocional em sua frota pode ter diversos benefícios.
Entre eles, podemos citar uma lista aqui:
- Menor número de acidentes;
- Menor número de multas por velocidade;
- Maior qualidade de vida e satisfação dos motoristas;
- Maior satisfação dos clientes;
- Redução no número de atrasos, uma vez que a chance de acidentes diminui;
- Maior eficiência e melhores resultados qualitativos.
Como desenvolver a inteligência emocional no trânsito?
Um motorista que esteja interessado em melhorar a inteligência emocional no trânsito pode tomar diversas atitudes.
Realizar treinamentos que abordem a inteligência emocional no trânsito ou mesmo buscar cursos de direção defensiva, já é um grande passo.
No entanto, é preciso entender que a inteligência emocional no trânsito é um processo contínuo. Requer prática, paciência e autodisciplina.
É importante dizer, por exemplo, que motoristas que sabem usar a inteligência emocional estão menos propensos a ter acidentes e levar multas em seu dia a dia.
Além disso, a inteligência emocional pode reduzir o estresse dos motoristas em suas jornadas de trabalho, facilitando o descanso e aumentando a qualidade de vida das pessoas.
Não é algo simples: afinal, muitas pessoas não estão preparadas para entender seus padrões de comportamento, mas mostrar como esses padrões podem afetar o desempenho diário já é um bom caminho.
Quanto mais prática, mais naturalmente a inteligência emocional no trânsito poderá tornar parte do comportamento do motorista. Com o tempo, isso será o responsável por uma experiência de condução mais segura, calma e agradável.
Aumente a segurança da sua frota com a videotelemetria
A videotelemetria é uma tecnologia que utiliza a captação de imagens para a coleta de dados através de câmera de segurança veicular.
Seu objetivo é melhorar a segurança no trânsito para os motoristas e também reduzir custos para a empresa, uma vez que é possível identificar pontos de melhoria nas operações.
Pensando na necessidade do gestor de frotas, a Cobli lançou a Cobli Cam, telemetria com vídeo que reduz custos e aumenta o cuidado.
Essa tecnologia permite ao gestor identificar e inibir a condução perigosa, tendo mais controle sobre o modo de condução, a partir da videotelemetria.
Veja como a Cobli Cam ajuda a aumentar a segurança da sua frota:
- Melhora no modo de condução: com a quantidade de dados em mãos que a videotelemetria oferece, o gestor poderá estudar o modo de condução de cada um dos seus motoristas, podendo apontar pontos de melhorias e dar feedback do que está sendo feito corretamente;
- Segurança contra roubos: O monitoramento por meio de câmeras é também uma forma de prevenir assaltos, uma vez que os bandidos terão imagens de sua ação gravadas e poderão ser reconhecidos mais facilmente;
- Diminui a distração: Com os alertas sonoros, emitidos pela câmera de segurança veicular, a cada evento de direção perigosa que o motorista executa, como “direção distraída“, “curvas bruscas” ou “proximidade do veículo da frente”, eles são gerados.
Quer saber como a videotelemetria funciona na prática e quais seus outros inúmeros benefícios? Acesse e baixa o guia que a Cobli preparou aqui ou abaixo:
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre o assunto, não deixe de ter uma gestão de risco de transporte na sua empresa. Planeje e coloque em prática ações efetivas.
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