Inflação e gasolina: duas palavras que têm andado lado a lado nos últimos meses, por causa da alta dos combustíveis no Brasil.
Apesar de ser um assunto bastante comentado, nem todos entendem os detalhes relacionados ao aumento. Você sabe quantos por cento a gasolina subiu? Qual o histórico de aumentos ao longo dos últimos anos? E como será que isso influencia a sua empresa?
É importante saber que, mais do que uma elevação do gasto com combustível, os impactos abrangem outros aspectos do empreendimento, inclusive daqueles que não possuem frotas.
Neste texto iremos explicar a alta da gasolina, os reajustes ao longo dos anos e o que isso gera para as empresas e a sociedade. Também daremos dicas de como driblar esses aumentos no seu negócio. Vamos entender melhor?
Índice:
Inflação gasolina: contextualização
Em qualquer país, um aumento no preço dos combustíveis gera consequências em toda a economia. No entanto, por aqui a repercussão é maior, porque o Brasil é dependente do transporte rodoviário, com mais de 50% das mercadorias sendo escoadas através das rodovias.
Isso se deve à priorização dos governos brasileiros desde a década de 1950, em que os investimentos foram direcionados para a construção de rodovias para interligar os estados e, assim, estimular a expansão do comércio.
Grande parte dos produtos que consumimos diariamente chegam até nós pelas rodovias, assim, quando o preço da gasolina sobe, o custo dos produtos e serviços também aumenta.
Falando especificamente da prestação de serviços, nesse caso, quando há a necessidade de deslocamento, os veículos são a opção mais viável para as empresas realizarem os atendimentos. Então, o aumento dos combustíveis também impacta esse setor.
Considerando todos os pontos apresentados, é possível entender a magnitude dos impactos que a inflação da gasolina e outros combustíveis, como diesel e etanol, geram na economia do Brasil e nas finanças das empresas.
Qual a inflação da gasolina?
Em março de 2022, a gasolina estava sendo vendida nos postos brasileiros a R$7,28 o litro, em média, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Dois anos antes, em março de 2020, o preço era de R$4,59, representando um aumento de 58,5% no período.
Comparando a alta da gasolina com a inflação, a gasolina subiu 2,6 vezes mais do que a inflação no mesmo período, que foi de 21,86%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), pesquisa executada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O aumento da gasolina começou na metade de 2021, subindo sem qualquer demonstração de queda. Até que, em junho de 2022, o preço começou a apresentar reduções constantes e em agosto já era encontrado até por R$4,99 o litro.
A principal motivação foi a aprovação de um projeto pelo Congresso que limita o ICMS sobre combustíveis, que passaram a ser considerados essenciais, através da Lei Complementar 194.
O ICMS é o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
Qual foi o reajuste dos combustíveis? Veja o histórico de altas
Para entender melhor o reajuste dos combustíveis, é válido analisarmos o histórico de altas.
Aqui iremos considerar os últimos vinte anos e o preço médio da gasolina no mês de março em cada um deles, de acordo com um levantamento do portal InvestNews com dados da ANP.
Na frente de cada ano, veja quantos litros de gasolina era possível comprar com o salário mínimo vigente.
- 2003 – R$2,21 (108 litros);
- 2004 – R$1,98 (131 litros);
- 2005 – R$2,29 (131 litros);
- 2006 – R$2,58 (135 litros);
- 2007 – R$2,51 (151 litros);
- 2008 – R$2,49 (166 litros);
- 2009 – R$2,51 (185 litros);
- 2010 – R$2,57 (198 litros);
- 2011 – R$2,67 (202 litros);
- 2012 – R$2,74 (227 litros);
- 2013 – R$2,88 (235 litros);
- 2014 – R$2,98 (243 litros);
- 2015 – R$3,32 (237 litros);
- 2016 – R$3,73 (236 litros);
- 2017 – R$3,68 (254 litros);
- 2018 – R$4,19 (227 litros);
- 2019 – R$4,30 (232 litros);
- 2020 – R$4,46 (234 litros);
- 2021 – R$5,48 (201 litros);
- 2022 – R$7,01 (173 litros).
Observar essas informações lado a lado facilita a análise sobre a inflação da gasolina ao longo dos anos, porque possibilita mensurar o impacto dos aumentos frente ao poder de compra da população.
Quando foi a última alta dos combustíveis?
Analisando os dados apresentados anteriormente, é possível concluir que, desde 2013, o preço da gasolina vem em uma crescente, sem apresentar queda. Somente após meses de alta, na segunda metade de 2022, isso começou a acontecer.
Mas quando foi a última alta dos combustíveis antes dessa mais recente?
Algo parecido aconteceu apenas em 2002, época em que aconteceu a conclusão da abertura do mercado de refino no Brasil e os valores internacionais eram repassados para o consumidor.
Como as empresas podem driblar a inflação da gasolina?
Como pudemos ver até aqui, a inflação da gasolina e outros tipos de combustíveis influencia diretamente os preços de produtos e serviços, e toda a economia brasileira.
Por se tratar de uma circunstância que foge do controle, não há muito o que as empresas podem fazer, a não ser se adaptar, buscando soluções que otimizem o consumo.
Para manter as frotas circulando, é importante realizar uma gestão eficiente dos veículos e da equipe de motoristas. Inclusive, essa é uma medida necessária em qualquer situação, mesmo quando não há alta da inflação da gasolina.
Com a gestão de frota, é possível ter maior controle sobre a operação e poupar custos com os veículos, em relação a: manutenção, pneus, impostos, multas, seguros e principalmente com combustível.
Se a sua empresa não conta com ferramentas que tenham essa finalidade, vale a pena começar a considerar, pois somente assim é possível enfrentar altas de preços sem prejuízos à lucratividade e à competitividade do negócio.
Pensando nisso, a Cobli disponibiliza gratuitamente a planilha de cálculo de consumo de combustível. Com ela, você poderá calcular quanto a sua frota está gastando com combustível e conferir dicas para economizar. Faça o download e aproveite!
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