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Frenagem regenerativa: guia completo sobre essa tecnologia

Frenagem regenerativa: guia completo sobre essa tecnologia

A tecnologia e as medidas de controle de poluição foram pontos determinantes para a criação e uso da frenagem regenerativa em veículos.

Ganhando cada vez mais espaço no mercado automotivo, a frenagem regenerativa traz diversas vantagens para o motorista, que economiza com manutenção de peças e ainda melhora o desempenho do seu carro.

O uso do sistema de frenagem regenerativa, contudo, ainda é restrito aos automóveis elétricos e híbridos. Mas sua disseminação anda a passos largos, especialmente em países que possuem políticas de energia limpa.

No Brasil, esse nicho também ganhou força e as vendas aumentaram significativamente nos últimos anos.

Para se ter uma ideia, apenas em fevereiro de 2022, foram feitos 3.435 emplacamentos deste tipo de veículo, um aumento de 147% em relação ao mesmo período do ano passado.

Quer entender melhor sobre como funciona a frenagem regenerativa e vantagens deste sistema? Então, siga a leitura e acompanhe as informações a seguir.

Como funciona a frenagem regenerativa?

Os carros com motores elétricos e híbridos se tornaram desejo de consumo de boa parte dos motoristas, afinal, são capazes de trazer grande economia para o bolso, especialmente em tempos de alta no preço dos combustíveis.

Junto com essa revolução no mercado automotivo, é preciso criar soluções que vão potencializar os benefícios desses carros e aumentar seu desempenho.

É nesse contexto que entra em cena a frenagem regenerativa. Seu funcionamento tem muita similaridade com a dinâmica do motor desse tipo de auto, que acontece com seu próprio movimento.

Usada em veículos elétricos e híbridos a frenagem regenerativa tem baixo custo de manutenção e reduz o impacto ambiental.

Durante a condução do veículo, toda vez que o motorista retira o pé do acelerador – seja total ou parcialmente – ou freia, o motor passa a gerar energia ao invés de consumi-la.

Essa ação ocorre porque a frenagem regenerativa é um inversor de energia, digamos assim. Seu funcionamento tem a capacidade de produzir energia que vai recarregar as baterias do carro e não o oposto.

Contudo, a mecânica da frenagem regenerativa no motor de indução apresenta algumas limitações.

Uma delas é o fato de que o carregamento da bateria é limitado, ou seja, quando a carga chega a 100%, os freios deixam de desempenhar esse papel de gerador de energia.

Além disso, nessa situação e quando o veículo está em baixa velocidade, o sistema de frenagem tradicional é acionado, mantendo a segurança da direção.

Isso se deve ao fato de que o desempenho dos freios regenerativos em baixa velocidade não é o ideal e até mesmo porque a força desse sistema pode ser tão grande que causaria paradas bruscas.

Dessa maneira, a combinação entre os dois tipos de freios é a forma mais adequada e adotada pelas montadoras para garantir uma boa dirigibilidade.

Quais carros utilizam frenagem regenerativa?

Já deu para notar que os carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in são capazes de apresentar um sistema de frenagem regenerativa.

A maior parte dos modelos utiliza esse tipo de freio, como os veículos da Tesla, Toyota, Nissan, Honda, Chevrolet, Volvo, BMW, Audi, Mercedes Benz, Land Rover e Kia.

Entretanto, é possível encontrar automóveis não híbridos da BMW e Mazda que já adotaram essa tecnologia.

Como é feita a manutenção de freios regenerativos?

O sistema eletrônico que dita o funcionamento de um carro elétrico ou híbrido é bastante complexo, por isso, exige que os profissionais da área mecânica estejam atualizados sobre a tecnologia empregada nestes modelos.

Dessa forma, a manutenção do sistema de frenagem regenerativa requer cuidados especiais e o uso de equipamentos especializados, como scanners.

A vida útil de seus componentes é muito maior do que no modelo tradicional, o que gera uma boa economia para o bolso do motorista. A troca de alguns itens costuma ocorrer com cerca de 100 mil km rodados.

Isso não significa, porém, que a manutenção preventiva pode ser deixada de lado, pelo contrário. É necessário manter sempre em dia os cuidados com o motor, pois seu bom funcionamento impacta diretamente na frenagem regenerativa.

Assim como é primordial fazer inspeções regulares no sistema eletrônico do carro para verificar se não há falhas ou algo que possa comprometer seu papel de gerenciador de todos os mecanismos do veículo.

Frenagem regenerativa: 5 vantagens do sistema

As vantagens da frenagem regenerativa são bastante evidentes em relação ao sistema tradicional.

A frenagem regenerativa funciona como um gerador de energia para o carro e traz diversas vantagens ao motorista.

O fator economia na manutenção, como mencionado no tópico anterior, é um de seus principais atributos, mas há outros pontos relevantes sobre essa tecnologia, conheça na sequência.

1. Aproveitamento de energia

Esse tipo de freio aproveita a energia de maneira inteligente e eficiente. A atuação do motor elétrico como gerador faz com que seja produzida uma forte resistência eletromagnética ao movimento, contribuindo para a frenagem do carro, ao mesmo tempo em que envia energia para as baterias.

2. Economia

Não é apenas a baixa manutenção das peças pelo menor desgaste de componentes de fricção que garante economia ao dono do veículo híbrido.

O consumo de combustível, claramente, é bem inferior e o desempenho do carro em si é altamente eficiente e satisfatório.

3. Velocidade de reação

A distância de parada do carro é bem menor no sistema de frenagem regenerativa, que atua com uma velocidade até três vezes mais rápida que o modelo tradicional, aumentando, assim, a segurança do motorista e passageiros.

4. Segurança

O sistema eletroeletrônico de tração dos automóveis híbridos, além de gerar energia, amplia o efeito do freio motor. Com isso, quando o carro estiver em uma subida, por exemplo, a segurança proporcionada por esta combinação é muito maior.

5. Sustentabilidade

A redução do impacto ambiental que esse tipo de veículo proporciona é um de seus pontos mais importantes e o papel da frenagem regenerativa neste ciclo é fundamental.

Entre os benefícios que podemos elencar estão a boa durabilidade das peças, o que diminuiu o consumo de matérias-primas e energia; menor consumo de combustível nos modelos híbridos; melhor desempenho e aumento da autonomia do carro; baixa geração de fuligem pelos freios, entre outros.

O uso da frenagem regenerativa, por todas as vantagens apresentadas acima e pelo fato de ser uma tecnologia eficiente, será cada vez mais frequente nos automóveis de todo o mundo.

E com o aumento das compras de veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in no Brasil, o cenário para este tipo de sistema é bastante promissor.

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Isadora Soares

Escrito por

Isadora Soares

Publicitária, com especialização em Marketing, Inbound e Influência Digital, é responsável pela criação e edição de conteúdo no blog da Cobli.

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