Seja para quem viaja ou para quem leva cargas pelas estradas brasileiras, aprender como calcular o pedágio é uma parte importante a ser considerada em qualquer roteiro.
Afinal, dependendo da sua rota e do veículo que você utiliza, o pedágio cobrado tem um valor que pode se tornar significativo na viagem.
Além disso, muita gente determina a rota de uma viagem justamente a partir dos valores do pedágio. Mas a pergunta é: será que esse cálculo está correto?
Neste texto, você vai entender porque cada pedágio tem um valor diferente e como esse valor é calculado.
Também vai aprender a calcular o custo do pedágio nas suas viagens ou nos fretes da sua frota — seja usando mapas e calculadora ou com ajuda de um aplicativo.
Por fim, também vai descobrir como fazer para calcular o custo de pedágio e combustível conjuntamente, com uma mãozinha da tecnologia. Vamos lá!
Índice:
Como é feito o cálculo do valor do pedágio nas rodovias?
Antes de tudo, é importante entender o que é o pedágio: trata-se de um valor que deve ser pago por quem está trafegando por uma estrada às autoridades que construíram aquela via.
A taxa é cobrada para contribuir com a manutenção, melhoria e construção das vias, assim como para compensar os custos de segurança e operações.
Hoje, os pedágios são cobrados por duas entidades diferentes:
- Se a estrada ainda é administrada por um órgão público, quem fica com os valores do pedágio é o governo (normalmente, representado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) daquele Estado);
- Se a estrada foi cedida em concessão a uma empresa, quem cobra o pedágio é a companhia concessionária (no caso da via Anchieta (SP-150), por exemplo, é a Ecovias).
Esse aspecto é importante para entender porque cada trecho de estrada tem um valor de pedágio diferente.
O valor considera a data do contrato de concessão, o gasto com aquele trecho específico, a quantidade de veículos que passam por ali diariamente e até mesmo o tipo dos veículos.
Isso porque, por exemplo, caminhões com mais eixos costumam desgastar mais uma via do que um carro de passeio.
É por isso também que veículos com mais eixos pagam mais — e é uma variável importante na hora de calcular o pedágio.
Quais são os fatores que afetam o custo do pedágio, além da distância percorrida?
Além da distância percorrida, existem vários outros fatores que podem afetar o custo na hora de calcular o pedágio, tais como:
- Tipo de veículo
O valor do pedágio também pode variar conforme o tipo de veículo, por exemplo, carros, motocicletas, caminhões, ônibus, etc.
Isso ocorre porque veículos maiores e mais pesados podem causar mais desgaste nas estradas, exigindo mais manutenção.
- Investimentos em melhorias
Em algumas estradas, o valor do pedágio pode ser usado para financiar melhorias ou expansões na rodovia, o que pode levar a um aumento temporário no valor do pedágio.
- Tempo de viagem
As tarifas de pedágio podem ser ajustadas conforme a hora do dia e a época do ano. Isso é feito para incentivar as pessoas a viajarem fora dos horários de pico, reduzindo o congestionamento e melhorando a fluidez do tráfego.
- Localização
O valor do pedágio também pode variar dependendo da localização geográfica da estrada. Algumas rodovias têm custos de manutenção mais altos devido às condições climáticas ou topografia da região.
- Políticas governamentais
As políticas do governo local também podem afetar o custo do pedágio. Em alguns casos, as autoridades podem definir limites para as tarifas de pedágio ou regulamentar a concorrência entre as empresas que operam nas estradas.
- Tecnologia utilizada
As concessionárias podem usar sistemas eletrônicos para coletar as tarifas de pedágio. Nesses casos, os custos de investimento e manutenção desses sistemas podem afetar o valor do pedágio.
Além disso, é importante ressaltar que as empresas concessionárias visam o lucro, de maneira que, provavelmente, estradas concedidas tenham pedágios mais caros, mas também costumam ter manutenção e serviços de socorro melhores.
Como calcular o custo do pedágio para uma viagem?
Para calcular o custo do pedágio ao longo da sua viagem, é preciso seguir uma sequência de passos muito importante.
São eles:
- Definir o caminho
- Conhecer seu veículo
- Pesquisar quais são as praças de pedágio
- Definir se haverá ida e volta pela mesma rota
Para definir o seu caminho, é importante estudar todas as alternativas de rotas possíveis — e o que elas podem trazer de vantagens ou desvantagens para o seu veículo.
Um motorista que parte de São Paulo rumo ao Guarujá, por exemplo, tem a opção de usar as vias Anchieta (SP-150) ou Imigrantes (SP-160) para descer até a Baixada Santista e depois utilizar a rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055).
Outra opção possível é a de ir até Mogi das Cruzes e descer pela Mogi-Bertioga (SP-098), chegando ao Guarujá pela rodovia Ariovaldo de Almeida Viana (SP-061), a Guarujá-Bertioga.
Neste segundo caminho, o valor do pedágio é inferior, mas o trajeto é muito mais longo para o motorista — de maneira que o gasto com combustível, por exemplo, pode não compensar a economia com o pedágio.
Outro passo importante é conhecer o seu veículo.
Como já dissemos, o valor do pedágio é cobrado a partir da quantidade de eixos que existem num veículo — logo, se você dirige um VUC, um carro de passeio ou um caminhão-cegonha, o valor do pedágio vai ser diferente.
Outro passo importante é pesquisar quais são os trechos com pedágio — e uma lista deles está disponível no site da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável por supervisionar o que acontece nas estradas brasileiras.
Além disso, é importante definir se um veículo vai fazer ida e volta pela mesma rota — algo que não é tão frequente para quem lida com cargas, por exemplo. Esse passo também ajuda a determinar alguns gastos.
Para calcular o pedágio para o Guarujá, a partir de São Paulo, por exemplo, é preciso considerar que o valor só é cobrado do motorista que desce da capital para a Baixada Santista pelo sistema Anchieta-Imigrantes — para quem “sobe”, o valor é gratuito.
Já na Piaçaguera-Guarujá, o valor é cobrado apenas de quem vai do Guarujá em direção a Santos, por exemplo.
Com a rota pronta, o veículo conhecido e todos os valores de pedágio na mão, basta fazer uma simples conta de soma para calcular quanto você gastará com pedágio na viagem.
Existe aplicativo para calcular o pedágio?
Para quem não quer fazer a conta toda na mão, com mapa, lápis e caderneta, a tecnologia pode ajudar bastante.
Existem hoje uma série de aplicativos que permitem a qualquer pessoa calcular o pedágio em sua viagem. Entre os mais populares, estão o QualP, o Rotas Brasil e o Sem Parar.
Além de mostrar o valor total que será pago pelo motorista em pedágios ao longo do seu trajeto, esses aplicativos também mostram onde estão as praças e qual o valor exato a ser pago.
Os aplicativos estão disponíveis tanto para quem usa smartphone Android, bem como iPhone.
Bastante conhecido por calcular rotas, o Google Maps não possui uma função de calcular o pedágio.
Após mostrar uma rota que passa por estradas com pedágios, o Google Maps apenas avisa ao usuário que aquele trecho pode ter pedágios, mas não informa nem calcula os valores exatos.
Como calcular pedágio e combustível?
Calcular o pedágio e o valor do combustível somados em uma rota é um trabalho mais difícil.
Existe um motivo para isso: ao contrário do pedágio, que possuem valores fixos, o gasto de combustível de cada veículo é diferente e depende, inclusive, da manutenção preventiva.
Hoje, existem vários aplicativos que podem te ajudar a calcular e controlar o gasto de combustível. Muitos deles utilizam o preço do combustível nos postos e estimam quanto você gastou a cada vez que reabastece o veículo.
Assim, é possível somar o gasto com combustível com o valor dos pedágios na viagem e obter o custo total da rota.
Esse cálculo, porém, é aproximado e não considera o desempenho do veículo, nem as diferenças de desempenho na cidade ou em estrada, por exemplo.
São sistemas que fazem estimativas, mas é bom lembrar que toda estimativa tem imprecisões. Para um motorista de carro de passeio, essas variações podem não significar muito.
No entanto, para quem administra uma frota, esses valores a mais podem representar custos maiores e afetar a eficiência e competitividade da empresa no mercado.
Felizmente, este não é o único jeito de se calcular o gasto de combustível.
Como a tecnologia pode ajudar a reduzir os erros ao calcular o pedágio e o valor do combustível?
Um bom jeito de acompanhar o gasto de combustível de um veículo é utilizar um sistema de telemetria veicular.
Conectado à porta OBD II, presente em quase todos os veículos, um dispositivo de telemetria veicular pode obter dados sobre o automóvel ou caminhão, incluindo gasto de combustível, desgaste dos pneus e temperatura do motor.
Se possuir um sistema de comunicação, o dispositivo pode enviar dados para o gestor de frotas, permitindo o monitoramento correto do veículo.
Empresas como a Cobli, além de oferecer esse dispositivo, também possuem uma plataforma capaz de fazer a roteirização — isto é, calcular os trajetos — para uma frota inteira.
Assim, com uma só solução, é possível calcular o pedágio e o valor do combustível ao longo da viagem.
É um serviço que serve para qualquer motorista, mas dá ainda mais poder para o gestor de frotas, contribuindo para uma gestão individualizada de cada veículo.
Agora que você já sabe como calcular o pedágio, para que ele serve e como calcular o valor com combustível, que tal conhecer mais sobre o sistema da Cobli? Clique aqui e saiba mais!
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