Todo motorista que se preze sabe o quão importante é o sistema de arrefecimento do motor para o bom desempenho do seu veículo.
Em linhas gerais, o sistema de arrefecimento do motor mantém a temperatura do veículo em um determinado patamar que garanta o seu bom funcionamento.
O superaquecimento do motor deve ser evitado a todo custo, pois pode causar diversos problemas e até diminuir a vida útil do veículo.
Se você tem dúvidas sobre esse tema, não se preocupe! Nós estamos aqui para esclarecê-las!
Neste texto, você vai entender como funciona o sistema de arrefecimento do motor, a importância de determinados fluidos para o bom funcionamento desse sistema e também como evitar o superaquecimento do motor e os problemas decorrentes disso.
Siga a leitura e confira!
Índice:
O que é o arrefecimento do motor?
Ao falar sobre o sistema de arrefecimento, contextualizar os veículos é importante.
Eles são máquinas bem complexas e que exigem minuciosidades para funcionar perfeitamente. Logo no momento em que a ignição é acionada e o veículo é ligado, há alguns processos que são realizados para que o motor trabalhe perfeitamente.
Entre os processos do acionamento do motor está a queima de combustível – ou seja, parte vital do seu funcionamento. Mas, essa queima de combustível, também gera algumas consequências, como temperaturas altíssimas. E aí entra o sistema de arrefecimento…
De modo que nenhuma parte do carro sofra com essas temperaturas, ele entra em ação para, basicamente, fazer o resfriamento de todo o processo. Mas, quais danos essas temperaturas podem causar? Bom, no topo está o derretimento dos componentes, isso sem considerar outras graves consequências.
Para profissionais que realizam a gestão de frotas entender um pouco sobre a parte mecânica pode auxiliar diretamente no tempo de vida útil dos veículos e até a impactar quando o assunto for otimização de custos.
Quais peças compõem o sistema de arrefecimento do motor?
Agora, vamos nos aprofundar nessa engrenagem e entender quais peças compõem o sistema de arrefecimento do motor.
Os motores precisam trabalhar em temperaturas que giram em torno de 90° a 100ºC. Esse é um recorte que previne que ocorram problemas. Para que essa temperatura não suba demais, o arrefecimento entra em ação para que os veículos não superaqueçam.
O arrefecimento do motor é um sistema formado por sete componentes. Cada parte tem uma função específica para ajudar que as temperaturas não fiquem altas demais. Abaixo, listamos quais peças compõem o sistema de arrefecimento do motor:
- Bomba d’água;
- Válvula termostática;
- Radiador;
- Mangueiras;
- Sensor de temperatura;
- Ventoinha;
- Fluído do radiador (aditivo e água desmineralizada).
Vamos falar um pouco sobre cada componente listado acima. Primeiro, a bomba d’água, considerada uma das peças mais fundamentais.
Qual é o papel da bomba no funcionamento do arrefecimento do motor? Basicamente, ela faz o fluido circular pelo sistema por meio das mangueiras. Isso pode parecer simples, mas é vital para o motor.
E a válvula termostática? Já esse componente tem um papel mais técnico: ela identifica e analisa qual é a temperatura ideal que o bloco do motor precisa estar. Para isso, exerce um trabalho de abrir e fechar a passagem do fluido do radiador por meio das galerias.
Na terceira posição da lista, chegamos ao radiador. Essa peça tem a função de realizar a troca de calor. Ou seja, ele pega toda temperatura quente gerada pelo motor e compensa com o ar frio de fora do veículo e o fluido do radiador. É o balanço necessário para o funcionamento perfeito. Já a função do fluido é evitar que a água congele ou ferva.
Não coloque água de torneira nesse sistema. E isso tem um motivo: água de torneira possuem minerais que poderão corroer o sistema, além de trazer outros problemas com o resfriamento ou mesmo o controle da temperatura quente.
Falando de uma parte mais tecnológica no arrefecimento, temos o sensor de temperatura. Por meio dele, o painel do veículo é informado da temperatura real do motor.
Quando o veículo “ferve” é esse sensor que avisa com antecedência que o problema está chegando. Estar com as manutenções em dia garante assertividade nessas informações.
Por fim, a ventoinha. Essa peça é como um ventilador, inclusive, a sua função é ventilar o radiador e ser apoio no resfriamento de modo mais rápido e eficiente.
Você precisa ter mais controle sobre a manutenção da frota? Baixe a planilha de manutenção de frota criada pela Cobli!
O que leva ao superaquecimento do motor?
Primeiramente, você sabe identificar um motor superaquecido?
Fique se olho os seguintes sinais: luz advertência vermelha no painel, fumaça saindo do capô, medidor de temperatura chegando ao máximo.
Se você identificar algum desses sinais, encoste o carro. Continuar dirigindo e sobrecarregar mais ainda um motor já superaquecido pode deformar os cilindros e danificar o radiador ou outras peças, como as válvulas de admissão e expansão e os pistões.
Mas o que leva ao superaquecimento do motor? Vamos lá:
O superaquecimento do motor pode ser resultado de um vazamento do fluido de radiador por conta de algum problema na mangueira da bomba d’água.
Com o passar o tempo, o fluido de radiador perde suas propriedades anticorrosivas e o motor pode acabar enferrujando um pouco, o que também leva ao superaquecimento. Para evitar esse problema, troque periodicamente o fluido.
O superaquecimento pode acontecer se o fluxo do fluido de radiador pelas galerias internas do motor está sendo impedido por uma válvula termostática emperrada ou pelo acúmulo de resíduos.
Problemas na ventoinha e avarias na tampa do radiador também resultam em superaquecimento do motor. No caso da tampa do radiador, se ela não exercer pressão suficiente, o fluido pode ferver e até evaporar.
E sabe o que mais pode levar ao superaquecimento do motor? O rompimento da correia que impulsiona a bomba d’água ou da junta do cabeçote (responsável pela vedação dos cilindros).
Para evitar o superaquecimento e as catástrofes dele resultantes, fique atento aos sinais mencionados no início desde tópico e, periodicamente, cheque e troque o fluido de radiador.
Quais são os tipos de sistema de arrefecimento?
O sistema de arrefecimento foi se aperfeiçoando ano após ano, e atualmente, podemos dizer que há dois tipos encontrados nos veículos.
- Sistema aberto: um sistema mais antigo, encontrado em veículos fabricados, principalmente, na década de 80. Ele funciona da seguinte forma: como é aberto, o fluido evapora com facilidade. Isso impacta na necessidade de repô-lo no radiador constantemente. Foi sendo preterido ao longo dos anos;
Sistema de fluxo fechado: neste caso, como ele é fechado, a evaporação do líquido é muito mais difícil e as manutenções mais espaçadas. Já é considerado um sistema de arrefecimento do motor mais moderno.
Como funciona o sistema de arrefecimento
Agora que conhecemos cada componente e quais peças compõem o sistema de arrefecimento do motor, é hora de compreender melhor como ele funciona.
As duas peças que, digamos, iniciam o processo de funcionamento do sistema de arrefecimento são as mangueiras e a bomba d’água. As mangueiras auxiliam o fluido, por meio de impulsos decorrentes da bomba d’água, a chegar até o seu destino: o radiador!
Durante esse caminho que é percorrido nas mangueiras, a temperatura do líquido de arrefecimento já se elevou. Por isso que, quando chega ao radiador, é necessário que haja uma troca de calor com o ar de fora para haver o resfriamento. Iniciando-se aqui, então, o papel do radiador.
Lá no radiador, quando o processo está acontecendo, a ventoinha também começa a atuar para que esse resfriamento ocorra ainda mais rapidamente. Nessa parte, é importante ressaltar o papel da válvula termostática, que é quem libera o fluxo do líquido pelas mangueiras.
Também é a válvula que analisa quando o motor passa de uma determinada temperatura, de acordo com cada veículo, e faz o movimento de bloqueá-lo quando esfria. Aqui a ventoinha também permanece trabalhando, pois continua apoiando na retirada de calor do motor.
Quando trocar o líquido de arrefecimento do motor?
Que o sistema de arrefecimento do motor é vital, isso parece ter ficado claro, mas existem alguns tipos de manutenções que não podem ter o seu prazo perdido. Por exemplo, quando trocar o líquido de arrefecimento do motor.
É uma informação que pode ter variações, justamente por não ser um prazo padrão para todos os carros. Muitos fabricantes têm indicações diferentes no que diz respeito a quando completar o líquido de arrefecimento ou mesmo quando realizar a troca.
Em geral, quando o veículo completa 30 mil quilômetros ou tem um ano de uso, é indicada a troca.
Mas, você pode encontrar no mercado, outros fabricantes que indicam 120 mil quilômetros ou 5 anos – esses modelos, na maioria das vezes, têm sistemas mais robustos.
A melhor indicação é ler o manual e seguir as indicações do fabricante. Dessa forma, você garante muito mais durabilidade ao sistema.
Quais são os defeitos mais comuns no sistema de arrefecimento
Cuidar do sistema de arrefecimento é necessário para que não surjam grandes problemas. Abaixo, listamos quais são os defeitos mais comuns no sistema de arrefecimento e como é possível identificá-los.
Vazamento do fluido
Esse problema é mais comum em quem não realiza manutenções preventivas ou revisões. Com o tempo, é normal as mangueiras furarem ou ficarem e ressecadas, as abraçadeiras se deslocarem e não estarem no posicionamento ideal ou até furos aparecerem no radiador.
Todos esses problemas listados podem ocasionar o vazamento de fluido e ser uma grande dor de cabeça. Atenção com o gotejamento na parte de baixo dos veículos.
Mau funcionamento da bomba d’água
O problema mais conhecido quando falamos do sistema de arrefecimento do motor. Ele é bem comum, pois é causado pela ferrugem, decorrente dos líquidos que passam pelo sistema. Mas, como evitar esse problema?
Analisando periodicamente o radiador e preenchendo com mais aditivo. Lembre-se, de novo, de não colocar água mineral.
Bloco do motor obstruido
Na composição do bloco do motor, há pequenos espaços que são chamados de “galerias”. Elas estão localizadas no trajeto do fluido até o radiador, para que aí sim, haja o resfriamento.
Se elas não estão limpas, o trajeto pode ser interrompido, o que vai impactar em todo sistema de arrefecimento.
Se está notando que o veículo está elevando as temperaturas com muita rapidez e não resfria, é bom levá-lo à manutenção.
Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota no blog da Cobli.